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Ser o que quiser

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Depois de muito tempo ausente, voltei para o Nostalgia para falar justamente de uma propaganda que não é antiga, porém me inspira sempre que eu a vejo. É uma propaganda conceito, veiculada no Brasil em canais pagos. A campanha da Nikon, também conta com peças publicitárias para revistas, e o slogan é que você pode ser o que você quiser. Foi criada inicialmente para veiculação na Europa e devido ao sucesso virou mundial. Particularmente, eu adoro essa propaganda e tenho salva no meu computador. Curte aí  ; )

Biscoito, Caramelo e Chocolate.

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A peça “Gritos, criada pela AlmapBBDO para o produto Twix,  é  inesquecível.  Quem não se lembra? Foi uma febre na época, devido ao sucesso e aceitação da propaganda. De fato, a criação de Wilson Mateos e Gustavo Sarkis foi extremamente criativa e considerada por muitos genial. O número de comentários referente a campanha foi imenso, incontável. Na internet, era comum ver vídeos amadores reproduzindo a propaganda.  O filme começa com uma cena de parto no qual o bebê, ao nascer, em vez de chorar grita: “Caramelo!”. Na sala de aula, o aluno dá o mesmo grito, assustando os colegas. Na hora do casamento, em vez do “sim”, ele diz “caramelo!” diante do padre. Ao buscar tratamento, ele conhece dois casos parecidos: o de um rapaz que grita “biscoito” e outro que diz “chocolate”, tornando-se amigos. Os três juntos formam justamente, os ingredientes do produto e fazem o maior sucesso. Relembre o memorável comercial do Twix.

Personagens Publicitários

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Os personagens na Publicidade Brasileira estão cada vez mais presentes. São eles, que na maioria das vezes, ganham espaço na mídia e na sociedade, divulgando assim, suas respectivas marcas. Alem de ter uma grande aceitação por parte do público, os personagens atingem a família inteira, desde a criança até o velinho. Hoje, vamos relembrar um pouco dos Caranguejos da Brahma, quem não se lembra desses crustáceos petulantes? Criado pela  agência: F/Nazca e com direção de criação e criação: Fábio Fernandes, a propaganda inicial fez tanto sucesso, que foi criado uma segunda propaganda, dando continuidade a campanha. Pessoalmente, foi uma das propagandas mais divertidas que a Publicidade Brasileira já realizou. Quando lançado, só se falava nisso. Foi uma grande repercussão. Fabio Fernandes acredita que a computação gráfica deve ser usada dentro de seus limites e que os recursos atuais já eram suficientes para o filme em questão. “Quando fizemos as formiguinhas não havia texturas tão boas e naquela época não conseguiríamos fazer os caranguejos. Hoje a evolução já permite uma perfeição quase absoluta”, afirma. A principal vantagem é a maleabilidade que a técnica proporciona, acredita Fernandes. “Se quiséssemos uma mudança de ângulo de câmera, teríamos de nos mobilizar para voltar à praia, acertar a luz e refilmar a cena. Com a computação vamos descobrindo expressões e posicionamentos sem essa necessidade.”

Para os mais curiosos em computação gráfica e como a campanha foi realizada, acompanhe a entrevista de Alceu Baptistão, que dirigiu os trabalhos na Vetor Zero.  O trabalho começa com a criação do modelo, em cima de layouts propostos pela agência. “Criamos um ‘casting’ de caranguejos sobre fundo preto”, diz Alceu. A carangueja foi mais humanizada, teve sua cintura afinada, ganhou um biquíni de bolinhas e recebeu seios verdadeiros. “Pode reparar no balanço – nossa carangueja não usa silicone”, garante o artista. Uma vez aprovado o visual, passa-se para a fase da animação e os personagens são pré-visualizados em uma animação rudimentar, para ver como se comportam diante da história. “Com isso já corrigimos o timing e determinamos o andamento da animação.”

O casal chega à praia e estende a toalha. Aparentemente simples, a cena exigiu pesquisa e tecnologia. “Primeiro fizemos uma toalha pequena, proporcional aos personagens. Só que o balanço não foi suficiente, então decidimos fazer uma toalha em proporções normais. Para isso, tínhamos de optar pela animação ou usar a ferramenta Cloth, do Maya, que é supercomplicada e exige um certo tempo para tentativas e erros. No final conseguimos uma brecha e acabamos usando a ferramenta. Na verdade, foi um golpe de sorte termos conseguido em poucas tentativas.” Por cima do casal deitado sobre a toalha, foi aplicado um efeito “fata morgana”, que representa o calor exalado pela areia.

Ao avistar a cerveja, os dois correm, furam a lata e sorvem o jorro. Outro problemão. “As técnicas para fazer líquido ainda são imperfeitas. Logo que o furo é feito, o líquido é real. Depois, fizemos um jorro em 3D e animamos a textura. O jorro já é um pouco retorcido, feito com nurbs. Então aplicamos a textura e usamos o gerador de partículas para fazer o espirro e as gotículas. Na verdade, o líquido é um sólido.”

O casal foge correndo, com o homem em perseguição. Com todos os layers criados, o filme é montado no Inferno e são feitas as correções de cores e adequações necessárias de luz e sombra. Algumas pegadas são acrescentadas no Inferno, outras são criadas em 3D e aplicadas na montagem. As sombras também são geradas em layers separados. “Como ainda não temos recursos que simulem o rebatimento de luz, temos de criar diversas pequenas luzinhas para dar idéia de luz difusa. Isso leva um tempo enorme de render.”

Nessa perseguição, um problema adicional está em texturizar os personagens em movimento. Segundo Alceu, apesar de todos os recursos oferecidos pela ferramenta Maya, que já se tornou padrão para quem trabalha em computação gráfica, ainda há arestas a aparar. “O Maya é poderoso, mas ranheta. A texturização é um processo complicado. O que parece óbvio nunca funciona – nem o que está no manual, nem o que já aprendemos em todo nosso tempo de experiência. O modelo sempre escapa da textura e isso nos faz perder muito tempo.”

Para reforçar a idéia do calor, houve a proposta de mostrar o caranguejo em close, com a testa pingando suor. “Só que o caranguejo não tem testa. Tivemos de alterar o formato original e fazê-lo franzir a parte de cima da cabeça. Então aplicamos umas gotículas com uma técnica que desenvolvi para latas de refrigerante”, revela Alceu. “Ainda dei uma chamuscada nas bordas da carapaça dos caranguejos para mostrar como eles estavam queimados.”

O folgado casal chega ao mar, ela pula na água (com splashes de stock shot acrescentados na finalização) e ele rebola, abaixando o calção e deixando entrever a marquinha de sol. Segundo Fabio Fernandes, os personagens foram criados para servir à campanha, que, com o slogan “Refresca até pensamento” enfatiza esse contraste entre o calor e a cerveja gelada. Mas não garante que eles voltem em outros filmes: “Não sei se vamos utilizá-los novamente. Sei que a família caranguejo está precisando do cachê, mas vamos ter de criar outro filme com uma boa história para encaixá-los. E as continuações tipo ‘Tubarão 2’ nem sempre pegam.”

A tartaruga mais famosa do país.

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A Tartaruga da Brahma sem dúvidas nenhuma, é um dos personagens animado mais lembrados da história da publicidade Brasileira. A campanha produzida pela agência África São Paulo, lançou seu mascote mais famoso, que dava um show de bola e malandragem no motorista do caminhão da marca. O responsável pelos movimentos e formas da propaganda é o software Maya, da Alias/Wavefront. O programa deu vida aos personagens do filme Final Fantasy, e aos bonecos do clássico Toy Story. A tartaruga da Brahma fez tanto sucesso que protagonizou diversas propagandas da marca, se tornando um ícone nacional, alem de se motivo principal para o crescimento de vendas da cerveja. Desde então a Brahma nunca mais lançou campanhas memoráveis. Relembre o inesquecível personagem da publicidade Brasileira no vídeo a seguir que contém todas as propagandas que ele protagonizou.

Pipoca com Guaraná

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Quem não se lembra do jingle de 1991: “pipoca na panela, começa a rebentar / pipoca com sal, que sede que dá / pipoca e guaraná que programa legal”. A propaganda é uma criação  de Nizan Guanaes, à frente da DM9, com produção da Film, fotografia do Michel Chevalier, Direção de Flávia Moraes e um jingle produzido pela MCR.  Foi um dos maiores sucessos da história da publicidade Brasileira, além de ser um dos  “7 Mais” em pesquisa realizada pela revista About, junto a 250 formadores de opinião do mercado publicitário.  A campanha ganhou inúmeros prêmios na época, e a consagração do público. Foi um grande sucesso, que é lembrado por muitos até hoje e que determinou a proposta de comer pipoca, acompanhado de Guaraná Antartica. Até hoje, pipoca harmoniza-se com Guaraná em um padrão estabelecido em 1991, com essa grande campanha do guaraná Antartica. Nostálgicos,  relembrem essa inesquecível campanha da publicidade Brasileira.

Me deu até vontade de comer pipoca com Guaraná.  Hummm!

Os mamíferos cresceram.

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Quem não se lembra da propaganda dos mamíferos da Parmalat? Quem não colecionava os mamíferos da Parmalat? Quem não sabia a música da Parmalat? Foi um sucesso. Quase uma revolução na Publicidade. Só se falava em Parmalat e até quem não gostava de leite, aprendeu a gostar. Recorde a propaganda inesquecível de 1996:    Devido ao enorme sucesso, em 2007, foi lançado a nova versão da propaganda dos mamíferos, com as mesmas crianças (que cresceram) da primeira propaganda. O comercial traz uma música bem semelhante à antiga, adaptada para o futuro em versos como “O elefante agora está grande” ou “O rinoceronte espichou com Parmalat”. Nele, os adolescentes tentam, obviamente sem sucesso, vestir as fantasias que usaram há 11 anos, além de assistir a si mesmos quando eram pequeninos. A criação é de Nizan Guanaes, Eduardo Martins, Carlos Fonseca,  Sibely Silveira e Fábio Victória, da agência Africa.  A segunda versão da propaganda da Parmalat, foi um grande sucesso, assim como a primeira.

Não adiantar bater.

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Vamos voltar no tempo. 1962, Brasil bicampeão na Copa do Mundo do Chile, Marilyn Monroe foi encontrada misteriosamente morta em sua casa, Nelson Mandela é preso. E claro, um jingle memorável, tomou conta da cabeça dos Brasileiros. Trata-se da Propaganda da Casas Pernambucanas, com o jingle que é lembrado até hoje: “Não adianta bater, eu não deixo você entrar, as casas pernambucanas é que vão aquecer o meu lar..” O clássico, produzido pela Linxfilm, é  um misto de animação com película, que destaca um personagem, “o frio”, que bate na porta de uma residência, querendo entrar. É incrível pensar que essa animação foi ao ar em 1962, quando a propaganda na TV já deixara de lado, a técnica de animação quadro a quadro, desenvolvida ao longo da década de 50 para contornar os altos custos do merchandising ou dos comerciais ao vivo.  Confira o inesquecível comercial da Pernambucanas e relembre os velhos e bons tempos.

Para sempre, Aquarela.

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Quem não se lembra da inesquecível propaganda de 1983, da Faber Castell, em que uma criança canta a famosa música  Aquarela, sucesso de de Toquinho, Vinício de Moraes, Guido Morra e Maurizio Fabrizio. Particularmente, essa propaganda, talvez seja a minha maior nostalgia da Publicidade Brasileira. Talvez seja a música que mais lembra a melhor época da minha vida, a minha infância. Em sua primeira versão criada pela Start Anima.

Devido ao sucesso e repercusão, em 1995, foi lançado a segunda versão da propaganda da Faber Castell, criada pelo mesmo estúdio de animação.

Em janeiro de 2001, foi lançado a terceira versão da propaganda. Campanha de volta às aulas do lápis de cor Aquarela da Faber-Castell. Realizado pela agência GIOVANNI, FBC. Sob direção de Guto Carvalho e produção de Trattoria di Frame.

A clássica campanha da Faber Castell marcou a infância de muitas gerações, e com certeza é uma obra prima da Publicidade Brasileira e vale ser lembrada. Cada versão, foi lançada em uma década diferente. Será que vem uma nova propaganda por aí?? Espero que sim.

Nostálgicos Garotos Propaganda

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Um personagem ou garoto propaganda ideal, faz toda diferença nas campanhas de uma marca, as vezes até tornando o produto em si, em coadjuvante. É incontestável dizer que o  personagem ou garoto propaganda é a alma da campanha. Nem sempre o garoto propaganda em questão é uma pessoa pública, porém recorrer a celebridades em campanhas pode ser muito vantajoso para a marca. Isto é, desde a associação dos valores que representa uma pessoa conhecida do público como marca,  até o reconhecimento mais rápido do produto anunciado. Ana Rumschisky, professora de marketing da Escola de Negócios IE em recente estudo relata: “O personagem famoso ajuda a criar e a manter a atenção do consumidor na peça publicitária. Ele melhora a transmissão da mensagem, porque atravessa o “ruído” do processo de comunicação. O personagem famoso traz consigo um significado que confere clareza à mensagem e ao produto anunciado e, supostamente, economiza o tempo do anunciante na hora de passar a mensagem para o consumidor. De acordo com algumas pesquisas feitas anteriormente, os modelos anônimos transmitem uma informação de caráter demográfico: sexo, idade, status, mas todos esses significados são relativamente imprecisos. Os famosos podem oferecer tudo isso com uma precisão especial. Além disso, as celebridades oferecem uma gama de significados relativos à personalidade e ao estilo de vida que um modelo anônimo não pode conferir da mesma maneira.” Entretanto, a maioria dos memoráveis garotos propagandas surgiram do anonimato para a fama publicitária. Entre os nostálgicos, podemos citar alguns que foram reunidos na propaganda do Jornal Folha de São Paulo, criado por Rodrigo Leão.

Carlinhos Moreno, inesquecível garoto propaganda da Bombril por quase 30 anos, 1978 a 2004, protagoniza o comercial da Folha de São Paulo. o Garoto Bombril aparece no Guinness Book of Records como o garoto-propaganda que mais fez filmes para uma mesma marca em todo o mundo. Criado em 1978 por Francesc Petit e Washington Olivetto, o Garoto Bombril ganhou vida pelas mãos do diretor Andrés Bukowinski, da ABA Filmes, com intuito de renovar o slogan “Mil e uma utilidades”. O garoto Bombril foi imortalizado por Carlinhos Moreno, e talvez seja o maior nostálgico garoto propaganda, que acompanhou diversas gerações.

As vezes, o garoto propaganda ou personagem pode ser um animal, como o cachorrinho da Cofap, que  também aparece na propaganda da Folha de São Paulo. Em 1989, o cachorrinho da raça Teckel ou Dachshund marcou a  publicidade Brasileira, no ramo de amortecedores. A idéia de usar o cachorro como garoto-propaganda da marca foi do presidente da Cofap na época, Roberto Kasinsky; executada pelo trio Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister e Ruy Lindenberg; e filmada por Julio Xavier. A campanha foi um sucesso, e apesar de estar um pouco sumido, o cachorrinho da Cofap, ainda é o garoto propaganda da empresa, inclusive no exterior.

Mais um memorável, é o “gordinho da bamerindus“, personagem vivido pelo ator Toni Lopes, em 1987, no qual protagonizou mais de 70 comerciais da marca por cerca de 11 anos. Falecido a cerca de dois anos, o “gordinho” criou uma empatia inacreditável com os consumidores, tornando-o praticamente um porta-voz do banco.

Um pouco mais recente, o “Tio da Sukita“, ganhou repercussão no comercial em que uma mulher muito bonita, vivida pela modelo  Michelly Machri chama o homem que estava tentando paquera-lá de tio. Vivido pelo ator ator Roberto Arduim, o “Tio da Sukita” surgiu em 1999 em uma série de comerciais do refrigerante.

O personagem até hoje é lembrado por muitos, e na época foi o motivo principal da Sukita passar a Fanta em número de vendas. Devido ao sucesso, anos mais tardes o “Tio” volta em um comercial para Mercedez-Benz, em a “Vingança do Tio.”

O “Baixinho da Kaiser” também é um personagem inesquecível. Vivido por José Valien Royo, que jamais conseguiu se desvincular do personagem, esteve por mais de 15 anos no ar, como garoto-propaganda da Kaiser. O curioso é que José, era, motorista da produtora Nova Filmes, do diretor Cláudio Meyer, que o chamou para completar um casting piloto. José Zaragoza e Neil Ferreira, da DPZ, gostaram do desempenho de José Royo e o escolheram para protagonista do comercial, que rendeu muito sucesso, para o até então, motorista.

Enfim, inúmeros nostálgicos personagens marcaram a Publicidade Brasileira, e até hoje muitos deles são lembrados e relembrados ao redor do país e do mundo. E claro, é  incontestável dizer, que uma boa campanha, sempre vem acompanhada de um bom garoto propaganda.