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Ser o que quiser

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Depois de muito tempo ausente, voltei para o Nostalgia para falar justamente de uma propaganda que não é antiga, porém me inspira sempre que eu a vejo. É uma propaganda conceito, veiculada no Brasil em canais pagos. A campanha da Nikon, também conta com peças publicitárias para revistas, e o slogan é que você pode ser o que você quiser. Foi criada inicialmente para veiculação na Europa e devido ao sucesso virou mundial. Particularmente, eu adoro essa propaganda e tenho salva no meu computador. Curte aí  ; )

Personagens Publicitários

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Os personagens na Publicidade Brasileira estão cada vez mais presentes. São eles, que na maioria das vezes, ganham espaço na mídia e na sociedade, divulgando assim, suas respectivas marcas. Alem de ter uma grande aceitação por parte do público, os personagens atingem a família inteira, desde a criança até o velinho. Hoje, vamos relembrar um pouco dos Caranguejos da Brahma, quem não se lembra desses crustáceos petulantes? Criado pela  agência: F/Nazca e com direção de criação e criação: Fábio Fernandes, a propaganda inicial fez tanto sucesso, que foi criado uma segunda propaganda, dando continuidade a campanha. Pessoalmente, foi uma das propagandas mais divertidas que a Publicidade Brasileira já realizou. Quando lançado, só se falava nisso. Foi uma grande repercussão. Fabio Fernandes acredita que a computação gráfica deve ser usada dentro de seus limites e que os recursos atuais já eram suficientes para o filme em questão. “Quando fizemos as formiguinhas não havia texturas tão boas e naquela época não conseguiríamos fazer os caranguejos. Hoje a evolução já permite uma perfeição quase absoluta”, afirma. A principal vantagem é a maleabilidade que a técnica proporciona, acredita Fernandes. “Se quiséssemos uma mudança de ângulo de câmera, teríamos de nos mobilizar para voltar à praia, acertar a luz e refilmar a cena. Com a computação vamos descobrindo expressões e posicionamentos sem essa necessidade.”

Para os mais curiosos em computação gráfica e como a campanha foi realizada, acompanhe a entrevista de Alceu Baptistão, que dirigiu os trabalhos na Vetor Zero.  O trabalho começa com a criação do modelo, em cima de layouts propostos pela agência. “Criamos um ‘casting’ de caranguejos sobre fundo preto”, diz Alceu. A carangueja foi mais humanizada, teve sua cintura afinada, ganhou um biquíni de bolinhas e recebeu seios verdadeiros. “Pode reparar no balanço – nossa carangueja não usa silicone”, garante o artista. Uma vez aprovado o visual, passa-se para a fase da animação e os personagens são pré-visualizados em uma animação rudimentar, para ver como se comportam diante da história. “Com isso já corrigimos o timing e determinamos o andamento da animação.”

O casal chega à praia e estende a toalha. Aparentemente simples, a cena exigiu pesquisa e tecnologia. “Primeiro fizemos uma toalha pequena, proporcional aos personagens. Só que o balanço não foi suficiente, então decidimos fazer uma toalha em proporções normais. Para isso, tínhamos de optar pela animação ou usar a ferramenta Cloth, do Maya, que é supercomplicada e exige um certo tempo para tentativas e erros. No final conseguimos uma brecha e acabamos usando a ferramenta. Na verdade, foi um golpe de sorte termos conseguido em poucas tentativas.” Por cima do casal deitado sobre a toalha, foi aplicado um efeito “fata morgana”, que representa o calor exalado pela areia.

Ao avistar a cerveja, os dois correm, furam a lata e sorvem o jorro. Outro problemão. “As técnicas para fazer líquido ainda são imperfeitas. Logo que o furo é feito, o líquido é real. Depois, fizemos um jorro em 3D e animamos a textura. O jorro já é um pouco retorcido, feito com nurbs. Então aplicamos a textura e usamos o gerador de partículas para fazer o espirro e as gotículas. Na verdade, o líquido é um sólido.”

O casal foge correndo, com o homem em perseguição. Com todos os layers criados, o filme é montado no Inferno e são feitas as correções de cores e adequações necessárias de luz e sombra. Algumas pegadas são acrescentadas no Inferno, outras são criadas em 3D e aplicadas na montagem. As sombras também são geradas em layers separados. “Como ainda não temos recursos que simulem o rebatimento de luz, temos de criar diversas pequenas luzinhas para dar idéia de luz difusa. Isso leva um tempo enorme de render.”

Nessa perseguição, um problema adicional está em texturizar os personagens em movimento. Segundo Alceu, apesar de todos os recursos oferecidos pela ferramenta Maya, que já se tornou padrão para quem trabalha em computação gráfica, ainda há arestas a aparar. “O Maya é poderoso, mas ranheta. A texturização é um processo complicado. O que parece óbvio nunca funciona – nem o que está no manual, nem o que já aprendemos em todo nosso tempo de experiência. O modelo sempre escapa da textura e isso nos faz perder muito tempo.”

Para reforçar a idéia do calor, houve a proposta de mostrar o caranguejo em close, com a testa pingando suor. “Só que o caranguejo não tem testa. Tivemos de alterar o formato original e fazê-lo franzir a parte de cima da cabeça. Então aplicamos umas gotículas com uma técnica que desenvolvi para latas de refrigerante”, revela Alceu. “Ainda dei uma chamuscada nas bordas da carapaça dos caranguejos para mostrar como eles estavam queimados.”

O folgado casal chega ao mar, ela pula na água (com splashes de stock shot acrescentados na finalização) e ele rebola, abaixando o calção e deixando entrever a marquinha de sol. Segundo Fabio Fernandes, os personagens foram criados para servir à campanha, que, com o slogan “Refresca até pensamento” enfatiza esse contraste entre o calor e a cerveja gelada. Mas não garante que eles voltem em outros filmes: “Não sei se vamos utilizá-los novamente. Sei que a família caranguejo está precisando do cachê, mas vamos ter de criar outro filme com uma boa história para encaixá-los. E as continuações tipo ‘Tubarão 2’ nem sempre pegam.”

A tartaruga mais famosa do país.

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A Tartaruga da Brahma sem dúvidas nenhuma, é um dos personagens animado mais lembrados da história da publicidade Brasileira. A campanha produzida pela agência África São Paulo, lançou seu mascote mais famoso, que dava um show de bola e malandragem no motorista do caminhão da marca. O responsável pelos movimentos e formas da propaganda é o software Maya, da Alias/Wavefront. O programa deu vida aos personagens do filme Final Fantasy, e aos bonecos do clássico Toy Story. A tartaruga da Brahma fez tanto sucesso que protagonizou diversas propagandas da marca, se tornando um ícone nacional, alem de se motivo principal para o crescimento de vendas da cerveja. Desde então a Brahma nunca mais lançou campanhas memoráveis. Relembre o inesquecível personagem da publicidade Brasileira no vídeo a seguir que contém todas as propagandas que ele protagonizou.

Pipoca com Guaraná

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Quem não se lembra do jingle de 1991: “pipoca na panela, começa a rebentar / pipoca com sal, que sede que dá / pipoca e guaraná que programa legal”. A propaganda é uma criação  de Nizan Guanaes, à frente da DM9, com produção da Film, fotografia do Michel Chevalier, Direção de Flávia Moraes e um jingle produzido pela MCR.  Foi um dos maiores sucessos da história da publicidade Brasileira, além de ser um dos  “7 Mais” em pesquisa realizada pela revista About, junto a 250 formadores de opinião do mercado publicitário.  A campanha ganhou inúmeros prêmios na época, e a consagração do público. Foi um grande sucesso, que é lembrado por muitos até hoje e que determinou a proposta de comer pipoca, acompanhado de Guaraná Antartica. Até hoje, pipoca harmoniza-se com Guaraná em um padrão estabelecido em 1991, com essa grande campanha do guaraná Antartica. Nostálgicos,  relembrem essa inesquecível campanha da publicidade Brasileira.

Me deu até vontade de comer pipoca com Guaraná.  Hummm!